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Missão da ADPM em Monapo avalia crise causada pelo Ciclone Gombe


Missão da ADPM em Monapo avalia crise causada pelo Ciclone Gombe

Entre os dias 28 de março e 10 abril, três técnicos da ADPM em Portugal encontram-se em Monapo, Moçambique, numa visita que tem como um dos seus objetivos avaliar no terreno os impactos do Ciclone Gombe. A tempestade, que assolou a Província de Nampula no dia 11 de março, deixou um rasto de destruição por todo o território, tendo afetado de forma expressiva o Distrito de Monapo, onde a ADPM trabalha em prol do desenvolvimento há mais de 20 anos.

Os estragos causados pelo ciclone são numerosos e transversais, traduzindo-se em grandes disrupções na vida das comunidades locais e pondo em risco necessidades básicas, como a habitação, a alimentação e os cuidados de saúde.

Entre os danos conta-se a destruição de infraestruturas em cerca de uma dezena de unidades sanitárias, entre as quais os diferentes edifícios que compõe o Centro de Saúde da Vila de Monapo e a Maternidade de Napala. Nas machambas, as culturas de primeira época foram altamente afetadas pela velocidade elevada dos ventos e a chuva forte, o que põe em perigo a segurança alimentar, num Distrito onde a agricultura é a atividade que assegura a subsistência da maioria da população.

Outro impacto premente prende-se com a destruição causada pela tempestade nas escolas locais. O levantamento dos estragos, já efetuado, indica que mais de 50% das escolas do Distrito sofreram danos, ficando quase 300 salas de aula em 84 escolas sem cobertura, obrigando professores e alunos a retornar às condições de aulas ao ar livre, expostos à chuva e ao calor.

As vias de acesso ficaram também danificadas, dificultando a deslocação e o acesso de certos serviços às comunidades mais isoladas da periferia. Foram também parcialmente ou totalmente destruídas mais de 18 000 casas, em igual número de famílias, abrangendo mais de 115 mil pessoas.

Através da verificação da realidade no terreno, a ADPM procurará desenvolver esforços e criar parcerias para apoiar o processo de reconstrução, com particular foco no desenvolvimento de resiliência, atendendo à vulnerabilidade crescente da região a fenómenos extremos, em resultado dos efeitos das alterações climáticas.